Chove.
Estou na rede, mas queria mesmo é estar na chuva, pra ver se ela lava de vez a minha alma. Pra ver se ela leva embora essa dor.
Não consigo entender.
E nessa noite peço perdão a quem me ler, me ouve, me ver.
Hoje não estou fazendo muita questão de fazer rimar e de dar coerência. As lágrimas rolam. Elas não me pediram autorização para escorrerem. Vieram sem hora marcada.
Desesperada.
Parece o fim, que não vai dar, não vou conseguir.
Já ouvi dizer que o sucesso da noite para o dia dura 10 anos, mas já passou bem mais que isso na minha vida. E eu não consigo, não chego "lá". Que demora...
Choro.
Chove.
E choro...
...sem parar.
Que saudades.
Imensa saudade de sentir que alguém se importa comigo ao ponto de importar-se com os meus sonhos. Saudades da época em que as pessoas me pediam para escrever algo para elas, para declamar os meus poemas, para colocá-las como personagens dos meus escritos... Que saudades! Saudade que dói, corrói. Eu queria tanto vencer os obstáculos... e agora escrevendo ainda choro, lágrimas que queimam, cortam o peito.
Não é sucesso que almejo. Só quero ser reconhecida. Só isso. Que custa? Não é querendo ser arrogante ou coisa parecida, mas sei que o que escrevo é bom e merece, ao menos, ser lido. Eu só quero ser lida. Só isso. Que custa? E há tanta gente da Bahia, São Paulo, Paraíba, Minas Gerais, e outros lugares, lendo o que escrevo, mas sinto-me só. Eu sinto falta que os mais próximos valorizem o que faço e quem sou. Quero ser reconhecida. Que custa?
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17/
02/
15!
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