terça-feira, 14 de fevereiro de 2017

Eu deixei o amor da minha vida partir


Eu deixei o amor da minha vida partir. Não! Não que eu quisesse isso, mas foi preciso. É impossível não fazer um flashback de tudo que vivemos. Do primeiro encontro, do primeiro beijo, do seu corpo nu, dos sonhos, dos planos, de todos os momentos juntos. Não! Não foi muito tempo, foram apenas três meses, mas foi o tempo suficiente para amá-la. “Mas o que é o amor?” Muitos e até mesmo eu me pergunto. Paro, penso e chego na solução que é amor desde que a relação é regada apenas por ambos, com sorrisos sinceros, com beijos que tiram o fôlego até da alma, de abraços apertados que sentimos nossos órgãos serem quase esmagados. É quando ver o seu parceiro, de longe, se aproximar e você analisar cada detalhe e dentro de ti, perceber que está no caminho certo, que é aquilo que você quer para sua vida.

“Três meses? Tão rápido assim e já teve amor?”, outros perguntam. Eu acredito no amor com o tempo, mas eu também acredito no amor à primeira vista. Quando meus olhos pousaram sobre os seus eu senti que era tudo diferente. Que não era só mais uma relação que traduz um achismo ou uma esperança de no futuro surgir algo de bom. Muitas vezes, o tempo é parceiro e faz tudo se concretizar e dar certo. Nesse caso, o tempo foi meu inimigo, fez tudo se esvair e o vento soprou para longe. 

E como fica o coração? Ah, meus amigos! O coração fica murcho, triste, quase para. A gente interrompe todos os afazeres do dia e pensa um pouco no passado e no presente, vemos o quanto foi importante todos aqueles momentos juntos. Os aprendizados, os erros e acertos. Sou feliz pelo que vivi no passado. Sou triste por ter que deixar a magia do beijo, o segredo renovador do olhar, o desejo do corpo, os sonhos... E viver a saudade, a tristeza, as cartas que jamais serão enviadas e as viagens marcadas que nunca serão feitas. 

Mas por que deixar? Porque nem sempre as coisas são do jeito que queremos, do jeito que nossos corações desejam. Porque às vezes, soltar a mão é melhor do que agarrá-la. No meu caso, o tempo foi um empecilho para uma pessoa que preza mais a rotina do que um verdadeiro sentimento. É que também, às vezes, enquanto você é um vulcão de sentimentos, o seu parceiro é um lago congelado. É que as vezes tudo esfria. É que vivemos com o risco do “não recíproco”. Mesmo com um coração encharcado de amor e dor. De saudades e tristeza. 

Eu prefiro poupá-la dos meus sentimentos exagerados, do incobrável que eu sempre cobrei. Do carinho que não pode ser dado, do amor que nunca surgiu, do valor que não existe. Hoje eu prefiro ser um homem como estrelas que brilham sozinhas e deixar o grande amor da minha vida partir.

Um texto do jovem escritor pernambucano Matheus José

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