sexta-feira, 8 de julho de 2016

Sozinha X Solitária


Há cerca de uma semana, sexta passada, pra ser mais exata, fui a um aniversário em um restaurante do shopping. Fui e voltei com uma amiga que também havia sido convidada. Foi maravilhoso. Tanto o evento em si como a companhia da aniversariante, mas o bom mesmo foi a companhia da tal amiga que foi comigo. Não simplesmente por ser quem é, por ser uma pessoa agradável; divertida; confidente; paciente... Mas por ser companheira; amiga.

Aline, escritora, 27 anos. Desses 27, muitos anos foram de solidão. Tipo solidão mesmo, sabe?! As pessoas confundem muito os conceitos de solidão com o de "ser sozinha" e acho que a vida foi quem melhor me ensinou a diferenciar. Já fui sozinha e solitária; já fui solitária sem estar sozinha; e hoje sou apenas sozinha, sem solidão, porque aprendi a viver com a minha própria companhia.

Há várias semanas venho tendo ideias geniais de crônicas que estão acontecendo dentro da minha mente, dado há algumas situações chatas que tenho vivido (e outras nem tão chatas assim, mas que levaram-me à reflexão.) ou visto pelos meios de comunicação. Por "n" motivos não escrevi tais textos, mas hoje não deu mais para evitar. A ESCRITA GRITA DE MIM. Eu quero ter o direito, a liberdade, de viver sem dar qualquer satisfação da minha vida e, no entanto, quero escrevê-la, comentá-la, refleti-la com meus leitores. Sim, refletir. Porque sei que a minha vida só eu vivo, mas os fatos isolados são vivenciados de diferentes maneiras por várias pessoas no mundo.

Sem mais arrodeios, preciso hoje gritar muito e alto, urgentemente, sobre essa necessidade pré-estabelecida socialmente de que eu tenha sempre uma companhia masculina a apresentar.

Eu tenho muito o que falar sobre isso hoje, sabe?! E posso até ser mal interpretada, vista como uma amargurada, mas não ligo. Se eu fosse mesmo falar tudo o que foi acumulado na minha mente sobre esse assunto nos últimos dias, talvez escrevesse um livro sobre tal. O que venho questionar com esse texto não é o meu estado civil, mas a situação que tanta gente, sobretudo as mulheres, passam.

Eu gostaria mesmo é de exemplar contando o que vi, vivi e ouvi. Eu gostaria mesmo de resumir. Mas e tem como? Não. Então sinto informar que nos próximos dias irei gritar as palavras que estão presas entre a minha mente, alma e as mãos que digitam/escrevem.

A sociedade precisa aprender a lhe dar com os solteiros. E os solteiros precisam aprender que isso não é o fim do mundo e motivo para drama Facebookiano ou lágrimas ao fim de um romance cliché na sessão econômica do cinema ou na noite da sexta-feira. É uma via de mão dupla. São dois times numa eterna briga. Os solteiros que acham que ser sozinho é sinônimo de solidão X outras pessoas que acham a mesma coisa e não sabem lhe dar com isso.

Gente, vamos parar. Ok?! 
Gracias. 
Xêro da tia Lili pr'ocês :*

PS.1: Pretendo escrever a continuação com os exemplos REAIS.
PS.2: Estava morreeeendo de saudades de escrever textos assim.

--> Próximos textos seguindo o mesmo assunto:
* A necessidade de companhia 
* Qual é o meu tipo?

Escrito em 08/07/2016, sexta-feira, em minha página pessoal do Facebook.


Um texto de Aline Menezes, criadora do Blog O Quarto de Aline

Um comentário:

  1. "A escrita grita em mim". Tinha lido isso no Face, mas aqui ficou deveras mais forte. Escreva, curica! Escreva! Quero te ler mais!

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