terça-feira, 20 de janeiro de 2015

Transição

Este é um texto sobre uma mulher de fases.

♫♪♬ 
* Eu escrevi ouvindo: One And Only - Adele
* Para ouvir lendo ou após ler: I Knew You Ware Trouble - Taylor Swift (vídeo com tradução no fim da postagem)





Você foi embora da minha vida. Me deixou aqui tão só, tão só... E hoje sabe como eu me sinto? Eu me sinto bem. Muito bem. Obrigada! Você não perguntou e nem sei se quer saber, mas eu com o meu orgulho faço toda questão de dizer: Eu me sinto tão bem sem você... Eu aprendi, na dor, a viver sem você.


Cara... Você não imagina o quanto te sou grata por isso. Grata pelo seu sumiço repentino. Você que sumiu da minha vida sem deixar vestígios. E eu me sinto tão bem, tão bem... Que não sei explicar. Não há como explicar. É tão grande o sentimento de liberdade...

Doeu. Chorei. Adoeci com sua falta. Até que eu me dei conta que o que me ocorria não era doença, era a cura. Eu me curei de você. Só desejo agora que sejas feliz e nunca quis tanto a sua distância como quero agora. 

Não. A sua presença já não me constrange mais. O seu abraço já não é mais tão desejado pelo meu corpo. Eu tô livre. Completamente desprendida de você. O seu desprezo já não mais me atinge e sua simpatia já não mais me fascina. Não canso de dizer: finalmente livre de você. A lembrança agora é algo bom que vaga na minha mente.

Eu precisei me isolar bem longe de todos, de tudo o que me lembrava você. Distante do seu perfume. Das roupas que você tem igual. Até de coisas que eu comia, com você, pra você . Tudo era você. Meu assunto, minha inspiração, motivo de oração, solidão, depressão, reclusão. A sua simples existência me causava confusão.

Mas cara... Você não sabe o quão maravilhoso é o que sinto agora. Sim, agora eu tenho uma vida que é minha. Não, você não é mais a minha vida. Você não é mais a minha tristeza, a minha dor, a minha alegria, meu amor.

Então eu te vi. Não... Você me viu! E fez questão de que eu soubesse que me viu. Eu sabia que dessa vez você não ia se recusar a me "ver". Modéstia a parte, eu estava linda naquela noite. A noite da certeza. Do fim. Da despedida real. Estava mais que linda simplesmente porque o que me decorava não era aquele vestido colado em meu corpo bronzeado, muito menos a maquiagem em meu rosto, ou o salto alto. A felicidade hoje me decora. A paz, a esperança, amor - próprio.

Então, meu ex - amor... Te agradeço por tudo que passei com ou sem você até aqui. Você nunca foi meu amigo. Talvez nem amor... Sei lá. Foi tudo tão conturbado e ao mesmo tempo superficial. E então eu descobri que você foi e é pra mim "transição". Você, sem saber e sem intenção, me fez mudar de fase. Fez com que eu não fosse apenas complicada, mas também perfeitinha. Eu achava que era perfeita pra você. Eu e somente eu compliquei TUDO entre nós, mas não consigo enxergar como teria sido diferente do que foi. Foi o que tinha que ser. A vida às vezes tem esses obstáculos para que se aprenda melhor a viver. Não sou nem nunca serei perfeita, mas te agradeço por me fazer enxergar que eu não fui perfeita pra você, mas com certeza há por aí alguém me esperando. Há por aí alguém que me verá perfeitinha, mesmo que complicada. Há por aí alguém que se dará por mim tanto quanto me dei por você. 

Então eu acho que aprendi alguma lição com tudo isso, não me dar tanto assim... Mas também não de menos. Porque de que vale a vida sem as tentativas? Sim. Eu prefiro tentar tudo novamente. Me doar. (agora com mais cuidado pra não me ferir) Só não vou mais tentar nada com você. Escolho te deixar partir. Vai em paz e cuida para não fazer sofrer um coração que te guarda.

Vai em paz, que eu estou feliz. Muito feliz! Muito bem! Muito em paz!

Hasta la vista, baby!




Um texto de Aline Menezes, criadora do Blog O Quarto de Aline

Um comentário:

  1. Escreves coisas que descrevem você. Tá bom... Talvez não descreva você, mas descreve muito os sentimentos guardados neste poço de paixões, desilusões, amores e imperfeições, que é você.
    Seus textos são a expressão do que é viver paixões não correspondidas, sentimentos perdidos e frustrações que te jogam pra baixo te fazendo viver o mal irremediável causado por ambos sentimentos: Tristeza.
    Mal sabendo, "O Cara" que quando "te joga no chão", você desce ainda mais. Não pra se enterrar e se perder, mas pra ali lançar os alicerces de um enorme castelo de emoções positivas. E do alto do seu castelo, em vez de jogar "Xixi" no cara que te fez um dia chegar ao mais profundas dores do sentimento, você joga rosas de agradecimentos. Embora sem intenção o faz pensar em ser um lixo, agora, te vendo muito melhor, e sabendo que te perdeu por vacilo.

    Parabéns pelo Texto Aline!

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