domingo, 14 de dezembro de 2014

Abri a porta e te ordenei partir




Aos poucos, sem perceber, deixei de admirar as suas palavras; compartilhar suas postagens no Facebook; salvar fotos suas no meu celular. Sério, não sei. Não me dei conta mesmo e agora entendo o que várias pessoas tanto queriam me dizer quando falavam que o tempo resolveria.

Não sei se foi O TEMPO. Não creio que foi. Porém com certeza O TEMPO teve uma participação especial neste episódio.

Fui deixando de perder tempo com você, pensando um pouco mais em mim, me gostando. Foi tão notável quando isso aconteceu, mas eu sei que a transformação não foi da noite para o dia. Não mesmo.

Lembra aquele dia? Aquele que foi talvez um dos melhores na sua vida: o dia que recebi a notícia oficial do meu fim.

Naquele dia eu estava linda, perfeita, impecável. De vestido longo e salto alto. Estava na igreja, mas não era casamento. Não era enlaço. Era apenas o anúncio da primeira união da musicista com o palhaço.

Foi um dia que não sei ao certo se estava triste ou feliz. Estava num estranho estado emocional. Meus sentimentos já se encontravam em transformação, mas bem lá no fundo, ainda estava meio mal.

Seu namoro foi anunciado e até confesso que eu já esperava. Meu melhor amigo, a quem tudo eu contava, olhou-me em seguida e me viu expressar uma alegria forçada. Porém a esse meu amigo eu confessava: entre eles dois têm alguma coisa errada. Meu amigo me dizia: deixa de besteira, você está enciumada.

E não é que ele tinha razão?
Foi um preparo emocional que hoje agradeço.
Para não ser pega de surpresa, paguei um preço.
E com certeza te afirmo:
não foi naquela noite que iniciou o seu despejo.

Oi? Despejo? Há muito eu almejava por este momento. Despejar-te do meu coração. Você chegou e se acomodou na situação. Eu te amando, mas sem ter tua atenção. E depois de tantos meses, decidi: vou expulsá-lo do meu coração. E expulsei. Consegui! Te despejei.





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