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segunda-feira, 1 de junho de 2020
quarta-feira, 13 de maio de 2020
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Lojinha da Escritora Aline
concurso Antologia Primavera
Edital
parceiros Escritora Aline Menezes - 2020
Edital
* Link do Formulário está no Edital
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segunda-feira, 6 de maio de 2019
A borboleta a voar
como contar aquela tarde?
aquela parte que me faltava...
uma playlist tocando
incenso no ar
beijo,
beijo,
beijo,
naquele corpo um desnudar
de toque
de paciência
de carinho e atenção
valeu à pena esperar
sentir o toque das tuas mãos
a abrir as asas da minha alma
a borboleta a voar
vi estrelas e era dia
o sol se despedia
das janelas arreganhadas
o mundo viu
a borboleta a voar
de capa preta
a heroína
dona de si e dos seus medos
engavetou os seus segredos
pegou um ônibus às 16h
"Jesus!" - gritou!
e gargalhou a minha calma
a alma se derreteu
como um ouro que incendeia
quando o anel partiu
e ali partiu tudo o que um dia eu fui.
um renascer se deu ali
quando a borboleta voou...
12.02.19
aquela parte que me faltava...
uma playlist tocando
incenso no ar
beijo,
beijo,
beijo,
naquele corpo um desnudar
de toque
de paciência
de carinho e atenção
valeu à pena esperar
sentir o toque das tuas mãos
a abrir as asas da minha alma
a borboleta a voar
vi estrelas e era dia
o sol se despedia
das janelas arreganhadas
o mundo viu
a borboleta a voar
de capa preta
a heroína
dona de si e dos seus medos
engavetou os seus segredos
pegou um ônibus às 16h
"Jesus!" - gritou!
e gargalhou a minha calma
a alma se derreteu
como um ouro que incendeia
quando o anel partiu
e ali partiu tudo o que um dia eu fui.
um renascer se deu ali
quando a borboleta voou...
12.02.19
segunda-feira, 29 de abril de 2019
Quem será o primeiro?
Ei! Você! É, você sim. Eu tenho falta de você.
Meu corpo um dia quis tanto o teu... Agora tenho falta
do que idealizei para nós. Tenho falta de ficar minutos, horas, na cama
abraçadinhos conversando, ouvindo música ou vendo um filme bom. Eu tenho falta
da vida tranquila que eu esperava ter contigo, mas que nem um dos dois fez
muita questão de ter. Nenhum dos dois faz por onde, só esperando que o outro
tome alguma atitude diferente do normal.
Eu espero alguém que pare de ficar me esperando na sua
casa, na sua cama. Você espera alguém que pare de esperar um espaço na agenda,
um dia sem chuva, um dia animado, um dia sem medos. Até quando a gente vai
ficar esperando o outro dar o próximo passo? Porque nenhum dos dois sai do
canto, mas não larga o osso.
Não adianta eu dizer que agora vou me valorizar e que
você saia de uma vez por todas da minha vida. Não quero que você saia, pelo
contrário. Te quero perto, junto, amigo, companheiro. Alguém disponível para
quando eu tiver meu espaço na agenda, meu dia bom. Você é outro que às vezes
some umas horas, um dia... Nunca mais que dois. E se some mais que dois, nunca
mais que uma semana. Nunca! Nunca mais que uma semana! Por quê? Que necessidade
é essa de me manter ali na fila de espera? Por que não vem me ver? Por que não
me chama nem mesmo para comer churros na Praça do Derby?
Até quando ficaremos nessa de “vem aqui”? Quando
evoluiremos para “vou aí”, ou “estou aqui”? O mundo está carente disso; de
gente que diz mais “vou aí” do que “vem aqui”, e parece que nós dois não somos
muito diferentes disso. Por quê? Por que logo eu, tão cheia de atitude para
tantas coisas, tão cheia de “vou aí”, estou vivendo com o “vem aqui” na ponta
da língua e da minha espera?
Eu queria ter coragem de te deixar partir, mas nem
posso te julgar porque também não largo o osso. A gente vai ficar assim, só
deixando como está, aí acho que um dia alguém cansa e será vencido pelo
cansaço. Quem será o primeiro?
Um texto de Aline Menezes, criadora do Blog O quarto de Aline
segunda-feira, 22 de abril de 2019
O amor da minha vida sou eu
Eu sei que
não vou te entregar essa carta, mas sei que ela é necessária para mim, para em
algum momento do futuro eu saber o que hoje acontece na nossa vida e o que eu
penso. É importante retomar quem fui e perceber onde mudei e onde sou essência,
assim como também é importante recordar quem é você agora, em 2019.
Faz mais
de um ano que te devo uma visita. Pode brigar comigo quando me ver. Eu vou
aparecer. Prometo. Mas no momento me resta apenas essa carta como encontro,
como meio para dizer o quanto sinto falta de você e o quanto me arrependo de
ter me tornado tão ausente na tua vida, assim como permiti tua ausência na
minha. Por que eu não fui mais presente? E por que eu não te cobrei mais
presença? Eu te queria mais perto. Eu senti tanto a tua falta.
Tantas
vezes me perguntei o que teria sido de nós dois se eu não tivesse me apaixonado
pela pessoa errada, quando acho que quem me amava de verdade era você... Nunca
tive certeza se você me amava de verdade verdadeiríssima. Entende? Algo muito
mais que amizade. Mas como que eu ia saber se eu não me permitia viver a nossa
paixão? E eu era apaixonada por você, viu?! Demais. Por isso que no fim das
contas hoje sou o que sou. EU NÃO ME PERMITIA. Aí hoje chutei o pau da barraca
e me permito viver tudo quanto tenho vontade, sem medo do que vão falar,
pensar, julgar. Sem medo de nada.
Eu tinha
medo. Desculpa.
Eu era tão
fraca! Não assumia riscos. E acho que fui corajosa demais, porque é preciso ser
muito corajoso para aceitar viver uma vida mediana, sem intensidade, sem
decidir nada, sem assumir os riscos necessários à felicidade plena. É preciso
muita coragem para aceitar que a partir do momento que você renuncia a si
mesmo, está comprometendo todo o resto da sua vida. E eu fiz isso comigo;
comprometi todo o resto da minha vida quando fui deixando pra lá as coisas e
pessoas que eu amava.
Eu podia
ter sido mais tua amiga. Pelo menos isso! Mas não. Eu me ausentei mesmo. Por orgulho;
ciúmes; depressão; necessidade de voar alto na vida, mas sem ter aprendido a
pousar e a voltar ao ninho. Eu quero voltar ao ninho. Eu sempre quis! Mas achava
tão difícil quebrar o gelo do meu coração, assumir meus erros e pedir perdão.
No entanto
às vezes acho que eu precisava mesmo ter passado por tudo o que passei enquanto
estive longe. Eu não seria o que sou se eu não tivesse sido quem fui. Meu Deus
como isso é verdadeiro! Se eu voei errado, mesmo não sabendo pousar de volta,
pelo menos eu voei. Eu jamais teria aprendido a pousar se eu não tivesse
levantado voo! Como que o passarinho aprende a pousar antes de voar? Não tem
como.
Se eu estou
voltando ao ninho, diariamente aprendendo e reaprendendo a pousar, é porque um
dia voei. E olha, se voei, é porque tenho asas e DEVO voar. Porque eu sou uma
borboleta, meu amigo. Linda como você sempre disse que eu sou. Ah você sempre
me elogiou e fez o possível para me exaltar, me lembrar que sou incrível e
especial... Obrigada por tudo! E perdão, mais uma vez, por ter sido tão, tão ausente.
Eu sinto falta.
Eu vou te
encontrar, abraçar, e quero passar novamente um dia inteiro contigo – como nos
velhos e maravilhosos tempos. Eu me devo isso; a felicidade plena e ter os que
amo por perto. Voar teve lá os seus desafios, suas consequências ruins, mas
aqui pra nós: eu teria aprendido que o amor da minha vida sou eu, se nada disso
tivesse me acontecido?
Um texto de Aline Menezes, criadora do Blog O quarto de Aline
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