quarta-feira, 14 de agosto de 2013

O grito




Vontade de gritar, de correr, de fugir do medo. Quero fugir do medo de sentir medo, fugir do medo de amar. MEDO de algo que nem sei explicar, talvez de sentir dor em meu peito.

Sinto algo mexendo em mim e eu me pergunto se são as tais borboletas no estômago ou se já é o prenúncio da dor que se alastrará por todo o meu ser. A dor de um choro contido. A dor de um passado presente na memória. A dor de um momento eternizado em meus olhos, em meu corpo.

Passam-se dias, meses... Fatos não saem de mim, vivem aqui como fotos. Tão presentes quanto as lágrimas que escorrem de fora para dentro, acompanhando esse místico de sentimentos ruins.

Como pode um mesmo ser ter a capacidade de esconder sentimentos tão contrários entre si e permiti-los dominar o corpo, a alma e o espírito?

Questionamento que ronda minha mente e rouba a minha paz.




Aline Menezes


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